Pedro Costa

A Escola do Futuro: Que escola estamos a construir?

“A Escola do Futuro: Que escola estamos a construir?”

 

A conferência “A Escola do Futuro: Que escola estamos a construir?” que decorreu no dia 21 de janeiro de 2025, no auditório do ICE, constituiu, uma oportunidade de nós, alunos, refletirmos sobre as nossas dinâmicas pedagógicas e sobre a escola que nós queremos para o futuro. A partilha das experiências dos diferentes convidados, levam-nos a alargarmos os nossos horizontes.

Um dos temas que foi debatido está associado ao sucesso educativo. Na minha opinião, o sucesso educativo nunca poderá ser, apenas, o sucesso académico. Devemos valorizar, os resultados académicos, mas também é fundamental valorizar as interações que os alunos estabelecem entre si e com a comunidade educativa. As competências sociais e humanas são imprescindíveis na formação integral dos jovens, para que estes possam enfrentar os desafios do futuro.

A Escola deve ir ao encontro dos interesses e motivações dos alunos. Os modelos híbridos de ensino parecem ser uma boa alternativa aos modelos tradicionais. Considero que, os alunos podem desenvolver projetos bem estruturados na escola, fomentando a cooperação, a autonomia e a responsabilidade, acrescentando, deste modo, outro instrumento de avaliação dos alunos. Em relação aos testes de avaliação penso que, também, serão importantes, uma vez que existem exames nacionais e, portanto, teremos que testar os nossos conhecimentos através da realização dos mesmos. Estes servem também para aferirmos as nossas aprendizagens. Ao longo da conferência retive uma questão colocada pelo Dr. Pedro Patacho, Vereador do Pelouro da Educação da Câmara Municipal de Oeiras, que se prendia com o facto dos alunos já não se lembrarem dos conteúdos do ano anterior. Esta ideia é muito inquietante, e fez-me equacionar a forma como assimilamos os conhecimentos que os professores nos transmitem. O conhecimento só será, quanto a mim, realmente adquirido, quando os alunos fizerem parte do processo. Quando nos identificamos com os temas, quando realizamos trabalhos individuais/grupo, quando fazemos apresentações à turma, quando nos questionamos e questionamos os outros, aí sim, apoderamo-nos do conhecimento, isto é, torna-se nosso. Um tema que, também, foi abordado na conferência está associado ao envolvimento dos jovens na política. Considero que é importante que os jovens se envolvam nas questões políticas, pois os futuros governantes do nosso país/mundo são os jovens. E, jovens bem informados, esclarecidos, com um elevado conhecimento científico e com um forte espírito crítico, tornar-se-ão adultos com um melhor poder de decisão, numa sociedade que se quer livre e justa.

Considero, ainda, que a escola não pode ser, apenas, uma instituição fechada para si, deve abrir-se à sociedade, criando projetos/parcerias. Tal como é referido no Projeto Educativo do ICE, a escola deve formar jovens livres de pensamento, valorizando a dimensão humana de cada aluno, e assegurando a aprendizagem de todos os alunos, para que se tornem cidadãos ativos, empreendedores e responsáveis. Cada aluno é um ser único, e como tal deve ser respeitado na sua plenitude.

Assim, considero que o sucesso educativo deverá passar sempre por duas dimensões:  a académica e a humana. Estas deverão caminhar, sempre, juntas. Além disso, valores como o respeito, a solidariedade, a partilha e a cooperação deverão ser o pilar de uma educação mais justa.

Segunda a quinta-feira, entre as 9h e as 18h.