O meu caminho começou no Instituto de Ciências Educativas, onde vivi anos inesquecíveis enquanto aluna. Entre os projetos que marcaram essa fase, o ICE’art teve um papel muito especial. Integrar o clube de teatro da escola, primeiro como aluna e, mais tarde, como convidada já depois de concluir o 12.º ano, foi uma experiência transformadora.
Através do teatro, desenvolvi competências que hoje reconheço como essenciais para a minha profissão: a comunicação clara, a empatia, a criatividade e a capacidade de improvisar perante os desafios diários. O ICE’art foi muito mais do que um palco — foi uma verdadeira escola de vida.
As parcerias que o ICE’art mantinha com a Universidade Sénior do ISCE foram também momentos de grande aprendizagem. O convívio entre gerações, a partilha de saberes e o respeito mútuo entre jovens e seniores enriqueceram-me profundamente e reforçaram em mim a importância de uma educação centrada na pessoa, em todas as fases da vida.
Estas vivências não só enriqueceram o meu percurso académico no ISCE, como também influenciaram a forma como compreendo e pratico a educação. O teatro, como ferramenta pedagógica, promove a criatividade, a sensibilidade, a expressão corporal e oral, a socialização, a empatia e a reflexão crítica, competências fundamentais para qualquer educador.
Hoje, sou professora do 1.º ciclo no Externato Pica-Pau, parte do grupo Pedago, e olho com gratidão para o que vivi no ICE. Levo comigo cada ensaio, cada risada, cada desafio vencido em palco — porque foram essas experiências que ajudaram a formar a professora que sou hoje.